Banco Central decreta liquidação extrajudicial do Master e preserva sistema financeiro nacional

  • 18/11/2025
(Foto: Reprodução)
BC sofreu pressões de políticos para aprovar a venda do Master para o BRB A crise do Banco Master vem se desenrolando desde 2024, com uma tentativa negada de venda para o Banco de Brasília. Durante todo esse período, o Banco Central agiu para preservar o sistema bancário brasileiro: barrou o acordo entre os dois bancos, deu apoio às investigações e, nesta terça-feira (18), decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master. Os comunicados do Banco Central saíram logo de manhã. Enquanto a operação da Polícia Federal estava em curso, o BC anunciou a liquidação extrajudicial do Banco Master e de outras empresas do grupo, como a corretora de câmbio, títulos e valores mobiliários. A ação também prevê a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Na prática, com a liquidação extrajudicial, o Banco vai sair do mercado, deixará de existir. A liquidação, segundo o Banco Central, foi motivada pela grave crise de liquidez do Master - pela falta de dinheiro em caixa para honrar compromissos, como saques para correntistas e investidores do banco - e por graves violações às normas do sistema financeiro. O Banco Central descartou uma intervenção por conta da situação econômica do conglomerado. O Banco Central nomeou como administrador da liquidação servidor aposentado do BC Eduardo Felix Bianchini. Ele vai levantar todos os direitos e obrigações do banco e terá poderes para vender imóveis, carteiras de crédito, participações e recuperar créditos para pagar aos credores. Pela ordem, os trabalhistas - funcionários da instituição. Depois dívidas, como impostos, e finalmente fornecedores e clientes que tiverem investido valores acima de R$ 250 mil. O Master era conhecido por atrair investidores com oferta de rendimentos muito acima da média do mercado. Em setembro, o BC vetou o negócio da compra do Master pelo Banco de Brasília. A transação dependia da autorização do Banco Central, que atua como regulador e supervisor do sistema financeiro. O Banco Central agiu para cumprir o papel de preservar o Sistema Financeiro Nacional. Também vai elaborar uma lista de pessoas e empresas que tinham investimentos e dinheiro na conta no Master. Na segunda-feira (17), a presidência do Banco Master vazou no mercado a informação de que estava sendo vendido. Horas depois, a Fictor Holding Financeira confirmou que liderava um consórcio que compraria o Master. E que tinha como parceiros investidores dos Emirados Árabes Unidos. Um dia antes do Banco Central proibir o negócio, parlamentares chegaram a reunir assinaturas para acabar com a autonomia do BC e até demitir diretores. Mas nesta terça-feira (18), a Fictor anunciou que suspendeu a compra depois de o Banco Central ter liquidado o Master. Em nota, declarou que a operação envolvendo o Banco Master estava integralmente condicionada à análise e à aprovação prévia dos órgãos reguladores; e que o consórcio se coloca à disposição das autoridades competentes para esclarecimentos. A liquidação não inclui o banco digital Will Bank, também do grupo Master. Esse banco continua funcionando. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou como robusto o processo conduzido pelo Banco Central: "Vocês acompanharam todo o processo, o BC é um órgão regulador do Sistema Financeiro e eu tenho certeza que para ter chegado a esse ponto, todo esse processo deve estar muito robusto." Em nota, o Banco de Brasília (BRB) declarou que sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência. Que prestou regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master. Afirmou também que tem compromisso com a ética, a responsabilidade e a integridade na condução de suas atividades. Banco central decreta liquidação extrajudicial do Master e preserva sistema financeiro nacional Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Tem investimento no Banco Master? Saiba como reaver seu dinheiro pelo FGC O que é FGC? Fundo vai garantir que parte dos investidores do Master tenham recursos de volta PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no aeroporto de Guarulhos Valdo Cruz: PF vai expor os tentáculos políticos no Banco Master e assusta Brasília

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/11/18/banco-central-decreta-liquidacao-extrajudicial-do-master-e-preserva-sistema-financeiro-nacional.ghtml


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