BRB e Master: Tribunal de Contas do DF vai analisar nova denúncia sobre transações entre os bancos

  • 19/11/2025
(Foto: Reprodução)
BC sofreu pressões de políticos para aprovar a venda do Master para o BRB O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) recebeu nova denúncia nesta quarta-feira (19) pedindo o aprofundamento das investigações sobre as transações entre o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB). A representação foi protocolada pelo Ministério Público de Contas do DF e inclui indícios de que o BRB teria comprado carteiras de crédito fraudadas para contornar restrições impostas pelo Banco Central – e viabilizar a aquisição do Banco Master. Essas mesmas suspeitas compõem parte da operação Compliance Zero, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Na terça (18), o dono do Master, Daniel Vorcaro, e outros seis suspeitos foram presos. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e um dos diretores da instituição foram afastados do cargo. ➡️ Ao longo de meses, o BRB tentou fechar um acordo para comprar o Banco Master. A operação tinha o apoio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas foi barrada pelo Banco Central. 🔎 O BRB é uma empresa de economia mista, de capital aberto, e o acionista majoritário é o governo do Distrito Federal (71,92%). PF prende presidente do banco Master e justiça afasta presidente do BRB Segundo o MP de Contas, os fatos revelados pela operação Compliance Zero sugerem: falhas de governança no BRB; ausência de diligência prévia adequada; riscos aos cofres públicos do DF. O MP também pede que o Tribunal de Contas do DF dê uma decisão imediata (cautelar) que impeça o BRB de fazer novos pagamentos ao Banco Master. O Tribunal de Contas do DF já tinha recebido outras duas representações, ao longo deste ano, sobre as tratativas para a compra do Banco Master pelo BRB. O novo pedido deve tramitar em conjunto, no mesmo processo que já tinha sido aberto. A representação só deve ser divulgada na íntegra quando for analisada pelo plenário do Tribunal de Contas do DF – a data para essa análise ainda será marcada. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 'Camaradagem' e 'procedimentos escusos' Segundo documentos obtidos pela TV Globo que embasaram a operação desta terça, o BRB injetou R$ 16,7 bilhões no Master entre 2024 e 2025. Desses, pelo menos R$ 12,2 bilhões envolvem operações em que há fortes indícios de fraude. Para se ter ideia, ainda de acordo com o documento, o BRB só poderia "se expor" (ou seja, colocar ativos sob risco) em cerca de R$ 753 milhões com um único cliente. O valor repassado ao Banco Master foi mais de 20 vezes maior que o permitido. "É viável e plausível a hipótese investigativa [...] que ‘a substituição entre os créditos BRB-Master ocorreu por pura camaradagem, em desacordo com a formalidade do instrumento contratual firmado, mas como tentativa de abafar a fiscalização das operações e preocupações dela decorrentes'", diz a decisão judicial que autorizou a prisão do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, nesta terça-feira (18). O juiz Ricardo Leite destaca ainda que podem ter sido adotados "procedimentos escusos pela gestão do BRB para viabilizar e promover a liquidez do Banco Master". Conselho Monetário Nacional já havia tomado medidas para coibir modelo de negócios do Banco Master Jornal Nacional/ Reprodução Em linhas gerais, segundo as investigações: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs, um tipo de título financeiro) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte do dinheiro dos CDBs em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB – que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master – e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. 👉 Os investigadores ainda apuram "as razões pelas quais o BRB desconsiderou irregularidades graves nas operações". Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/11/19/brb-e-master-tribunal-de-contas-do-df-vai-analisar-nova-denuncia-sobre-transacoes-entre-os-bancos.ghtml


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