Chile elege novo presidente neste domingo; candidato de extrema direita é favorito

  • 14/12/2025
(Foto: Reprodução)
Montagem mostra os candidatos à Presidência do Chile, Jeanette Jara e José Antonio Kast EITAN ABRAMOVICH / AFP O Chile definirá neste domingo (14), em segundo turno, quem será o próximo presidente do país. José Antonio Kast, de extrema direita, é o grande favorito, à frente da candidata de esquerda, Jeannette Jara, após uma campanha marcada pelo medo da criminalidade e o aumento da imigração irregular. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Kast, de 59 anos, líder do Partido Republicano, promete combater o crime por meio da detenção e expulsão de quase 340 mil imigrantes sem documentos que vivem no Chile. Se for eleito, ele se tornará o presidente mais à direita desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet em 1990. Todas as pesquisas antecipam sua vitória por ampla margem sobre Jara, uma militante moderada do Partido Comunista de 51 anos, ex-ministra do Trabalho do atual governo de Gabriel Boric, que representa uma coalizão de centro-esquerda alinhada ao governo. Desde 2010, a direita e a esquerda se alternam no poder no Chile a cada eleição. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Jara ficou à frente no primeiro turno, mas Kast e os demais candidatos de direita somaram mais de 50% de apoio com uma proposta em comum: enfrentar a criminalidade e expulsar imigrantes irregulares, a quem culpam pelo aumento dos delitos e do crime organizado. Embora o Chile seja um dos países mais seguros da região, as atividades criminosas e a violência são a maior preocupação de 63% dos chilenos, segundo uma pesquisa do instituto Ipsos divulgada em outubro. Os homicídios se estabilizaram nos últimos anos, mas aumentaram 140% em uma década: de uma taxa de 2,5 casos por cada 100.000 habitantes passou para 6 em 2024, segundo o governo. O Ministério Público chileno também relatou 868 sequestros no ano passado, uma alta de 76% em relação a 2021. Fronteiras Diante de uma população que exige soluções imediatas, Kast promete deter e deportar todos os imigrantes irregulares — a maioria venezuelanos. Sua proposta de "escudo fronteiriço" inclui erguer um muro na fronteira com a Bolívia, cavar uma trincheira e mobilizar 3.000 militares para conter as entradas. O candidato de extrema direita, que no passado defendeu o legado de Pinochet, mas afirma ser um democrata, promete combater o crime com mais poder de fogo para a polícia e o envio de militares para áreas críticas. A forte percepção de insegurança "desempenha um papel muito importante na política, especialmente na política eleitoral. A direita soube instrumentalizar isso para se beneficiar", afirma Guillaume Long, especialista do Centro de Estudos Econômicos e Políticos, com sede em Washington. Esta é a terceira vez que Kast, que se opõe ao aborto mesmo em casos de estupro, disputa uma eleição presidencial. Há quatro anos, perdeu o segundo turno para Boric, um ex-líder estudantil que chegou à presidência aos 36 anos com a promessa de mudar a Constituição de Pinochet para garantir maior acesso à saúde e educação depois que mais de um milhão de manifestantes foram às ruas em 2019. Mas as duas tentativas de reformar a Constituição fracassaram por serem consideradas muito radicais — a primeira vez à esquerda, depois à direita — e a promessa de uma sociedade mais equitativa ficou pela metade. Onda anticomunista Jara é advogada e administradora pública. Uma de suas principais promessas é aumentar o salário mínimo para quase US$ 800 (R$ 4.340, na cotação atual), 250 a mais que hoje. "Os estrangeiros, o crime organizado e todos esses temas são super importantes, mas há coisas além disso", diz Valentina Valenzuela, uma estudante de serviço social de 20 anos que votará em Jara. O plano da candidata para a imigração é controlar as entradas pelas passagens clandestinas e realizar um censo daqueles sem documentos para identificar os que têm antecedentes criminais e expulsá-los. "Não há candidatura mais comprometida que a nossa com a segurança: segurança para combater o crime e para chegar ao fim do mês", indicou. Como ministra, impulsionou a redução da jornada de trabalho de 45 para 40 horas e uma reforma no sistema de aposentadorias, o que a elevou na política. Embora tenha tido atritos com a cúpula do Partido Comunista por suas críticas contra Venezuela, Cuba e Nicarágua, sua militância no PC desde os 14 anos dificultou a obtenção de apoios. "Há um fantasma (de anticomunismo) que sempre acompanha qualquer candidatura comunista e, efetivamente, pesou muito para Jara", diz à AFP o analista Alejandro Olivares, da escola de Governo da Universidade do Chile. Segundo turno no Chile Editoria de Arte/g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/12/14/chile-elege-novo-presidente-neste-domingo-candidato-de-extrema-direita-e-favorito.ghtml


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