Delator de roubo milionário a prédio de luxo em Ribeirão Preto é transferido para SP após ameaças na prisão em Santa Rosa de Viterbo
05/12/2025
(Foto: Reprodução) Delator de roubo milionário em Ribeirão Preto é transferido para SP
O delator da quadrilha que fez um roubo milionário a um prédio de luxo no Centro de Ribeirão Preto (SP) foi transferido para a Penitenciária de Pinheiros, em São Paulo (SP), a pedido da defesa.
Ele estava preso em Santa Rosa de Viterbo (SP), mas, segundo os advogados, vinha sofrendo ameaças e corria risco de morte.
O homem, que não teve a identidade divulgada, é o responsável por informar à Polícia Civil e ao Ministério Público detalhes de como a quadrilha agia. Ele fez um acordo de delação premiada e passou informações que colaboraram com as investigações.
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Entre os detalhes passados pelo delator às autoridades estão os nomes dos integrantes da quadrilha e a forma como ela agia.
Também foi ele que informou que o grupo planejava ao menos 15 assaltos milionários em Ribeirão Preto. Destes, apenas dois aconteceram: o roubo ao prédio de luxo na Rua Campos Sales e o roubo à residência de um casal de idosos na Ribeirânia.
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Com prejuízos estimados em cerca de R$ 10 milhões, os inquéritos relacionados aos dois crimes foram concluídos e resultaram em duas ações penais contra dezenas de envolvidos, parte deles, relacionados ao assalto no prédio do Centro, já considerados réus na Justiça.
Associação criminosa, receptação qualificada, adulteração de sinais identificadores de veículos, roubo e extorsão estão entre os crimes pelos quais os investigados devem responder.
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Reprodução/ Fantástico e EPTV
Quem são os presos?
Desde o início das investigações, 17 pessoas foram identificadas por participação direta no crime. Quinze delas estão presas e já foram incluídas no processo. Duas ainda estão foragidas.
Entre os detidos até agora estão ao menos quatro pessoas suspeitas de atuarem no chamado núcleo financeiro do grupo, responsável por intermediar movimentações bancárias, receber valores extorquidos das vítimas e fazer pagamentos logísticos.
São eles: Sidney Américo Vieira, Felipe Moreira da Mata, João Paulo César Freires de Oliveira e Widman Henrique Américo Barbosa.
Do chamado núcleo logístico, encarregado por tarefas como a locação do apartamento do nono andar do prédio com documentação falsa e suporte material aos executores, são ao menos três pessoas presas: Fabiana de Paula Fernandes Miranda e Pablo Rodrigues Cardoso, presos em Ribeirão Preto, além de Júlia Moretti de Paula, que se entregou à polícia em Araçatuba esta semana após ficar por dois meses foragida.
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Reprodução/EPTV
A Polícia Civil descartou que Júlia seja uma das lideranças da quadrilha e acredita que ela tenha sido cooptada a participar do esquema.
Também há pessoas ligadas ao chamado núcleo operacional, ou seja, que agiram diretamente no assalto. Entre os presos estão: Carlos Alberto da Silva e Henrique Eduardo, detidos no bairro João Rossi, zona Sul de Ribeirão Preto, em datas distintas, além de André Luiz Pereira Nunes, abordado enquanto dirigia um carro pelo cruzamento das avenidas Francisco Junqueira e Plínio de Castro Prado no início de outubro.
Além disso, também está entre os presos Diego de Freitas, conhecido nas redes sociais como "Diego Ouro", suspeito de ser o responsável por comandar a receptação das joias roubadas, de dentro da cadeia, onde já estava preso por suspeita de participação em um roubo a uma casa na Ribeirânia, em maio. Diego seria parte do chamado núcleo financeiro da quadrilha.
Quem está foragido?
Entre os investigados, são considerados foragidos Stephanie de Freitas Santos e Emerson dos Santos de Jesus, respectivamente irmã e amigo de Diego. Para a Polícia Civil, os dois ajudaram Diego na receptação e negociação das joias roubadas no condomínio em setembro.
"Aqueles que adquiriram [as joias] tinham ciência que o roubo estava acontecendo, em questão de 20, 30 minutos após o roubo. Eles estiveram com os roubadores já para apesar e precificar tudo, inclusive deram algum apoio logístico a eles na prática do roubo. Nós identificamos que o funcionário do Diego estava presente, o irmão de consideração, e a própria irmã", afirmou o delegado André Baldocchi.
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Reprodução/EPTV
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