Empreendedorismo, cultura inovadora, tecnologia e IA: Collab Inovação 2025 reúne grandes nomes do mundo empresarial em Uberlândia

  • 09/07/2025
(Foto: Reprodução)
Evento foi realizado pela Aciub, em parceria com o Sebrae e patrocínio da TV Integração, nesta quarta-feira (9), no Center Convention. Mais de 10 representantes de grandes empresas nacionais e internacionais estiveram presentes. Collab Inovação debate as inovações voltadas para as empresas Grandes nomes do ambiente empresarial de Uberlândia, do Brasil e mundo se reuniram nesta quarta-feira (9) no Collab Inovação 2025 realizado no Center Convention, em Uberlândia. Empreendedorismo, cultura inovadora, tecnologia e Inteligência Artificial foram temas abordados por nomes do cenário político nacional e setor tecnológico. Tudo com o objetivo de mostrar Uberlândia como polo de tecnologia no Brasil, ampliando a cidade como referência no setor. “Que os empresários e líderes que estão aqui aproveitem muito. Acredito que Uberlândia e o Triângulo Mineiro estão preparados para o desenvolvimento regional. Acredito que sairemos mais inspirados para realizar transformações”, disse. O Collab Inovação 2025 foi uma realização da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), em parceria com o Sebrae. Entre os principais patrocinadores esteve a TV Integração. ➡️ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no Instagram Collab Inovação 2025 em Uberlândia Guilherme Gonçalves/g1 Abertura De acordo com o prefeito de Uberlândia, Paulo Sérgio, o evento marca a história de Uberlândia inaugurando um novo ciclo um dia depois do anúncio da implantação de um data center de Inteligência Artificial na cidade. “Já tivemos ciclos do agronegócio, da indústria e do comércio, mas agora é a vez da tecnologia e da inovação. Se a inovação está no sangue de cada um de vocês, quero dizer que a Prefeitura de Uberlândia também tem isso como meta. Não vamos fazer tudo do zero, mas tudo o que aconteceu na nossa cidade foi importante para o ambiente e infraestrutura para o futuro”, disse o prefeito. Para o gerente regional do Sebrae, William de Brito, o Collab Inovação é a oportunidade de aprender e depois aplicar os ensinamentos no cotidiano das empresas. “Se eu fosse resumir Uberlândia em uma palavra seria: inovação. Agradeço a oportunidade de realização desse evento, mas que possamos levar daqui todo o ensinamento e aplicar nas empresas da cidade e da região.” Representando o Governo de Minas Gerais estiveram presentes o secretário de Desenvolvimento Econômico Bruno Araújo e o diretor de atração de investimentos da agência Invest Minas, Leandro Andrade. “Temos mais de R$ 100 milhões já anunciados e R$ 600 milhões para desenvolvimento e pesquisa. Estamos próximos de R$ 500 bilhões de investimentos atraídos para Minas Gerais. Temos uma meta de 1 milhão de vagas de emprego abertas até o fim de 2026 e estamos perto desse objetivo. Trabalhamos para o desenvolvimento, mas as vagas de emprego são geradas por vocês empreendedores”, afirmou Bruno Araújo. Prefeito de Uberlândia, Paulo Sérgio, durante a abertura do Collab Inovação 2025. Guilherme Gonçalves/g1 Impulsionando a próxima geração de agentes de IA A primeira palestra do dia abordou como será a próxima geração de agentes de Inteligência Artificial. De acordo com o diretor da Divisão Enterprise da Nvidia para a América Latina, Paulo Peres, através da IA muitas empresas estão transformando processos e desenvolvendo novos produtos e corrigindo problemas dos já existentes. “Temos mais de 25 mil desenvolvedores ao redor do mundo. São mais de 150 softwares pré-programadas para ajudar no desenvolvimento dos negócios, pois para ser uma empresa de tecnologia é preciso ser ágil”. “Estamos em uma nova era industrial de processamento de dados. A IA são várias ondas e precisamos saber surfar em cada uma delas, então, é preciso começar a usar a IA”. Como criar cidades inovadoras Na sequência, o antropólogo Santiago Uribe apresentou como criar cidades inovadoras, com base no exemplo de Medelin, na Colômbia, que na década de 1980 foi considerada a cidade mais violenta do mundo, e se tornou a cidade mais inovadora do planeta em 2016, superando cidades como Nova York, nos Estados Unidos, e Sidney, na Austrália. “Se eu perguntar para qualquer um aqui sobre Medelin, a primeira resposta será a violência por conta do narcotráfico. E para combater isso, no começo dos anos 1990 a cidade precisou inovar. Não em tecnologia, necessariamente, mas em processos. E para isso é preciso conhecer melhor a cidade, conhecer em primeira mão as necessidades e apresentar soluções”, disse. De acordo com Uribe, a violência não viaja por estradas, mas sim, por uma cultura. Se o ambiente cultural apresentado é violento, a violência se dissemina. E as principais vítimas são os jovens, as mulheres e os empreendedores. E para mudar a cultura de violência, os cidadãos foram ouvidos. Um programa de TV foi criado para que os problemas da população, das mais diversas faixas etárias, fossem ouvidos, além de comissões com reuniões mensais onde o cidadão tem voz. “As cidades não são ruas, prédios, mas sim, pessoas. E essa foi a primeira coisa que entendemos em Medelin e passamos a trabalhar com as pessoas, para as pessoas. Primeiro entendemos as necessidades, para depois trabalharmos na solução”. Para o antropólogo, a inovação não está nas startups ou na tecnologia, mas sim nos espaços coletivos, objetos desenvolvidos, pessoas projetos, que juntos formam a narrativa inovadora. “A melhor tecnologia na mudança de Medelin foi a interação social. Se perguntaram que trabalho deveria ser feito para se chegar na cidade que se queria. E não se pode falar de inovação e desenvolvimento sem a participação de jovens, pois eles é que farão o futuro. Foi junto com eles que Medellin criou uma visão coletiva da cidade. Esse trabalho durou quase 10 anos e chegamos à conclusão que queríamos uma cidade pacífica, com cultura, educação, inovação e um destino turístico do mundo”, explicou. No entanto, o caminho é longo. Em Medelin, foram 23 anos de criação de espaços e discussão daquilo que a sociedade queria para o futuro, desenvolvendo aos poucos as políticas públicas. Além disso, alternativas foram buscadas para que os planos fossem implantados. “Em 1980, Medellin disse que queria o melhor sistema de transporte do mundo. Queríamos um metrô e o governo federal que não era uma cidade para metrô e resolvemos fazer isso sozinhos. Somos uma das únicas cidades do mundo que construiu um metrô com dinheiro privado. Fomos a primeira cidade que usou teleférico como transporte público, além de VLT e bicicletas”. “Em 1995 tivemos o primeiro metrô, mas perguntamos quanto tempo duraria o metrô, e a resposta foi que duraria 30 anos. Poderíamos comprar o metrô novamente da Espanha, mas fizemos diferente e criamos uma escola para formar pessoas que fariam e construiriam o metrô. E em 2025 temos um metrô sendo feito totalmente por Medelin”, finalizou. LEIA TAMBÉM: Uberlândia receberá Data Center de IA com aporte bilionário Estudo cria método que ajuda a prever retorno da hanseníase Integração Universidade: projeto da UFU desenvolve soluções acessíveis com baixo custo para a AACD Liderança e trabalho em tempos de IA A primeira palestra da tarde abordou a liderança e o trabalho em tempos de Inteligência Artificial. Conforme o coautor do best-seller “Organizações Infinitas”, Piero Fracheschi, a sociedade atual está entrando no segundo quarto do século, que é quando as tecnologias apresentadas nos primeiros 25 anos estão em pleno funcionamento. “Nesse segundo quarto de século XXI o centro do desenvolvimento do mundo será a Inteligência Artificial. Ninguém conseguiu desligar a internet depois que ela chegou e o mesmo acontecerá com a IA”. E para o futuro do trabalho é preciso saber que ele será o de sobrevivência e garantir um lugar nele. “Todos têm que saber que o ponto de partida do trabalho do futuro é de que ele morreu. Antes o trabalho era um espaço de conquista, para onde você ia conquistar as suas coisas. No entanto, o trabalho virou um espaço de sofrimento, ou seja, só haverá trabalho no futuro, se esse trabalho significar algo para quem executa”, disse. O encontro da IA com a inteligência humana Para o professor e especialista em inovação e Inteligência Artificial, Gil Giardelli, entrar na era da IA é fundamental, mas será ainda mais importante para as áreas que ajudam a humanidade. “Vivemos uma era de pós-inovação. E quando acaba a era da inovação começa a sociedade global do conhecimento. Robôs humanoides já estão em desenvolvimento e estão se tornando realidade. Muitos deles desenvolverão trabalhos com esforços repetitivos, por exemplo”. Negócios super inteligentes De acordo com o empresário e potencializador de pessoas e negócios, Ricardo Rocha, o aprimoramento tecnológico e a IA são fundamentais para o desenvolvimento de empresas, mas devem ser uma ferramenta no meio do processo. “O diferencial de uma empresa não é o quanto você trabalha, pois o que difere a gente de uma máquina é o porquê a gente trabalha. Se no começo de tudo não os seres humanos não estão inseridos, não adianta colocá-los depois. Empreendimentos estão otimizados em tecnologias, mas estão carentes de humanidade”. Ainda conforme Rocha, o líder da empresa do futuro tem que desempenhar o papel de desenvolvimento de pessoal para que elas trabalhem cada vez melhor. A primeira grande revolução tem que passar pelo dono. A raiz do problema de fechamento de empresas está nas pessoas. Os negócios não estão perdendo para a IA, mas sim do pouco preparo pessoal”. Porque as inovações falham Pela segunda vez em Uberlândia e após 10 anos, a consultora de inovação e negócios do Vale do Silício, Michelle Messina, falou sobre o motivo de inovações falharem. Segundo ela, mais de 75% dos pequenos negócios fracassam até o terceiro ano. “Ideias são baratas, mas a execução não tem preço. Construir e entender o seu cliente, os problemas e refazer o produto para agradar e solucionar o problema deles é fundamental. Para resolvemos o problema é preciso colocar as pessoas nos lugares certos”, afirmou. Para ela, o primeiro passo está no entendimento do mercado para garantir que ele se sustente durante determinado período de tempo. “Acho que existem diferenças nas velocidades e ritmos com que cada negócio se constroi. As startups, por exemplo, são mais rápidas e os negócios seculares não se movem na mesma velocidade. Nas startups não temos dinheiro inicial, então a gente tem que focar na boa tomada de decisões, ouvir os clientes ou a avaliação deles sobre o produto”. A consultora de inovação e negócios do Vale do Silício, Michelle Messina, durante o Collab Inovação 2025 Guilherme Gonçalves/g1 Como ampliar suas chances de sucesso Para finalizar o evento, o especialista em inovação e transformação digital Walter Longo explicou que o bom gestor divide o tempo na resolução de pendências e no avanço das tendências de mercado. Quem não equilibra esse tempo tende a enfrentar problemas. “A revolução não acontece quando adotamos novas ferramentas, mas sim quando adotamos novos comportamentos. É preciso rever estruturas piramidais de autoridade e comando, como as com presidente, diretores e gerentes”. E para sobreviver, inovação. “Empresas não morrem mais por fazer coisas erradas, mas estão morrendo por fazer a coisa certa por tempo demais. Mudança é um estado permanente e é preciso se adaptar constantemente”, finalizou. 📲 Siga o g1 Triângulo no WhatsApp, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2025/07/09/empreendedorismo-cultura-inovadora-tecnologia-e-ia-collab-inovacao-2025-reune-grandes-nomes-do-mundo-empresarial-em-uberlandia.ghtml


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