Mendonça condena o que críticos têm chamado de ‘ativismo judicial’; Moraes fez defesa enfática da independência do Poder Judiciário e da democracia

  • 22/08/2025
(Foto: Reprodução)
Dois ministros do STF participaram de um evento no Rio de Janeiro Dois ministros do Supremo Tribunal Federal participaram nesta sexta-feira (22) de um evento no Rio de Janeiro. Pela manhã, o ministro André Mendonça falou sobre o papel do Poder Judiciário em relação aos demais poderes e à democracia. O ministro condenou o que críticos têm chamado de ativismo judicial — decisões tomadas por juízes nem sempre amparadas apenas no que a legislação prevê explicitamente e que podem se sobrepor a outros poderes da República. “O Judiciário não pode ser o fator de criação e inovação legislativa. O Estado de Direito impõe autocontenção, o que se contrapõe ao ativismo judicial. O ativismo suprime, desconsidera e supera os consensos sociais estabelecidos pelos representantes periodicamente eleitos pelo verdadeiro detentor do poder, que é o povo. O ativismo judicial implica no reconhecimento implícito de que o Judiciário tenha prevalência sobre os demais poderes. E o ativismo judicial implica no reconhecimento implícito, ainda que não desejado, no enfraquecimento dos demais poderes". "Se é verdade que em um Estado de Direito forte, que nele, o Judiciário tenha a prerrogativa de dar a última palavra — e essa é uma verdade —, mas num Estado de Direito forte, o poder Judiciário não tenha a prerrogativa de dar a primeira e a última palavra". André Mendonça critica ativismo judicial Jornal Nacional "Essa situação passa a impressão de vivermos não em um Estado Democrático de Direito, mas em um Estado Judicial de Direito. Nós todos precisamos fazer um compromisso público de que o bom juiz tem que ser reconhecido pelo respeito, e não pelo medo. Que as suas decisões gerem paz social, e não caos, incerteza e insegurança.” O ministro Alexandre de Moraes falou no fim da tarde e fez uma defesa enfática da independência do Poder Judiciário e da democracia. “Impunidade, omissão e covardia nunca deram certo na história para nenhum país do mundo. Todos os países que, em determinado momento, optaram por isso acabaram, depois de um tempo, extinguindo a sua democracia, o seu Estado de Direito — e levaram anos e anos para recuperar. Só um Poder Judiciário independente é respeitado. O respeito se dá pela independência". "Um Judiciário vassalo, covarde, um Judiciário que quer fazer acordos para que o país momentaneamente deixe de estar conturbado, não é um Judiciário independente. E o Judiciário no Brasil é um Judiciário independente. Os ataques podem continuar a ser realizados de dentro ou de fora, pouco importa. O juiz que não resiste à pressão deve mudar de profissão e vá fazer outra coisa na vida. Todos os brasileiros deveriam estar comemorando que o Brasil resistiu a ataques. Que o Brasil passou, nesses 35 anos, diversas provações e chegamos hoje, em 2025, como Estado Democrático de Direito, com imprensa livre, com eleições. Daqui a pouco mais de um ano, teremos novas eleições — e com o Judiciário independente.”

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/08/22/andre-mendonca-critica-ativismo-judicial.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Hold Me Closer

Elton John Britney Spears

top2
2. Infinity

Jaymes Young

top3
3. As It Was

Harry Styles

top4
4. My Universe

Coldplay Feat BTS

top5
5. Work With My Love

Alok & James Arthur

Anunciantes